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Seminário capítulo 2


Do hebraico Bereshit, palavra com a qual se inicia a criação e nomeia o livro das origens, já que descreve o princípio de tudo, desde o Criador a toda criatura.
Para nós, do Grego, Gênesis, traz em si revelações sobre os temas fundamentais que dizem respeito a toda nossa existência.
Dele emerge a doutrina sobre Deus, único, criador, transcendente, que tudo cria por sua palavra.

Por trás das suas narrativas, o Gênesis contém grandes temas teológicos, não somente do Pentateuco, mas de toda a Bíblia em geral, como: o monoteísmo, a queda do homem, a Aliança de Deus com a humanidade, a promessa da Terra Prometida, a salvação e perenidade do povo santo.

A história da salvação descrita em Gênesis gira em torno de alguns temas importantes como a bênção; a promessa; a aliança; e a eleição divina.
Nos evangelhos temos uma leitura cristológica do livro da Gênesis, conectando personagens como Adão, Eva, Noé, Abraão entre outros, demonstrando que há um só Deus e uma só História, desde o princípio até o fim.

O Apocalipse não pode ser compreendido sem o livro das origens, como também, os demais livros inspirados das sagradas Escrituras, que trazem complementos para os temas abordados e entrelaçados, fazendo com que a Bíblia, seja este material riquíssimo de revelações.

As passagens de Genesis que aqui abordaremos, são aquelas que trazem o sentido escatológico, os quais são necessários para que atinjamos a compreensão adequada desde o princípio até os fins dos dias.

Nosso análise começa em Gn 1. 1,2, que diz:
 “No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.” 
A narrativa inicial nos obriga buscar melhores esclarecimentos da situação. Na verdade, o relato gera mais perguntas do que respostas.

Não teríamos como entender tais declarações caso tivesse sido encerrado o assunto aqui no capítulo um de Gênesis, mas como são as Escrituras que se esclarecem mutuamente, basta-nos encontrar os relatos bíblicos complementares em outros livros para que tenhamos a elucidação dos fatos.

Adotando este princípio, à luz de provérbios capítulo 8 à partir do vs 22, examinaremos Genesis 1 vs 1 e 2.
Inspirado pelo Espírito do Senhor, Salomão, filho de Davi, escreveu:

“O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de suas obras.
Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da terra.
Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes carregadas de águas.
Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada.
Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo.
Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo;
Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo,
Quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra.
Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;” Pv 8:22-30 

Este é mais um texto messiânico das Escrituras Sagradas, onde temos o próprio Filho de Deus muito antes de sua encarnação se comunicando conosco, nos revelando maiores detalhes sobre a criação, dizendo especificamente sobre si mesmo, quanto ao Criador e a criação.

Revelando-se a si mesmo, o Verbo de Deus nos diz no verso 26 que o mundo foi criado a partir do pó, como posteriormente o homem também.

O pó foi a matéria prima construída no espaço para dele ser formado os corpos celestes, incluindo o planeta terra.

Apesar dos cientistas não defenderem o criacionismo, seus relatos a respeito da formação do universo, acabam em muitos aspectos, indo na mesma direção da revelação bíblica. O pó espacial mencionado em provérbios 8:26, aparece nos estudos de astronomia como “berçários estelares”.

Berçários estelares são maciças nuvens de poeira, hidrogênio, hélio e plasma, conhecidas também como nebulosas. Segundo os cientistas é onde nascem as estrelas.
A ciência ensina ainda que o gás interestelar consiste parcialmente de átomos neutros e moléculas, bem como partículas carregadas, tais como íons e elétrons.
Antes de ser criado os gigantes corpos celestes, foram criados os minúsculos pontinhos, espalhados por todo o universo, hoje conhecido como átomos.

Você provavelmente já ouviu dizer que toda matéria é feita de conjuntos de átomos. E é exatamente isto que temos registrado no livro de Provérbios que acabamos de ler.
Com base nesta informação, podemos entender que  “ A terra sem forma e vazia” era um cortina de poeira cósmica espalhada por todo o universo.


Falando em UNIVERSO, no capítulo um de Genesis, lemos ainda:  “e havia trevas sobre a face do abismo”.

Trevas, ausência da luz, demonstrando que nenhum tipo de energia, ser ou objeto havia sido criado até então. A palavra abismo relacionado a trevas, aponta o local onde os corpos celestes estavam para serem criados.
Este mesmo local, a ciência apresenta como Espaço sideral, região em que predomina o vácuo, espaço vazio entre corpos celestes e suas eventuais atmosferas. É a porção do universo entre planetas, estrelas e galáxias, os subespaços propriamente ditos:

1.    Espaço interplanetário;
2.    Espaço interestelar;
3.    Espaço intergalático.

Em astronomia, usa-se a denominação "espaço externo" ou "espaço sideral" para fazer referência a todo espaço que transcende a região englobada pela atmosfera terrestre.
Mas nem sempre foi assim, Pv 8:24 afirma que o abismo não existia (“Quando ainda não havia abismos,” )  e quando foi criado, era apenas um enorme espaço, um único vácuo, um abismo, o ambiente criado por Deus, conforme esta registrado para nele construir todas estas constelações que hoje vemos, do qual nós também fazemos parte.

É importante destacar aqui que o ponto de partida para que o nosso universo seja chamado de Abismo no relato de Genesis, é o fato de que o Criador tenha realizado todas estas obras abaixo do seu trono.

Mas qual é a evidência bíblica que temos para isto afirmar?
Ezequiel, capítulo 1 verso 22 e 26, ao descrever o trono de Deus em relação a criação, diz:

“E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, com a aparência de cristal terrível, estendido por cima, sobre as suas cabeças.
E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante a de um homem, na parte de cima, sobre ele.”

O termo bíblico firmamento e céu, é a mesma coisa. Nos versos anteriores, ao que lemos, o profeta está falando dos querubins, dizendo que acima deles, há uma cobertura transparente e sobre esta cobertura, está Deus em seu trono.

Os querubins, todos os elementos e o profeta, estão abaixo, no local onde foram criados, sendo assim, do ponto de vista de quem está sobre o trono, um abismo.
O apóstolo João, ao receber o Apocalipse esteve diante do mesmo trono e viu o mesmo céu:
“E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. ...
E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.” Ap. 4: 2 e 6.

Todos nós temos esta orientação. Sabemos que Deus está em um alto e sublime trono, como já nos disse Isaías no capítulo 6:1, ao ter uma experiência idêntica ao que teve Ezequiel e João.  Mas ao ler “abismo” isoladamente no registro de Genesis, a mente humana não consegue reproduzir o cenário que ali está sendo descrito. Pois o abismo que os homens conhecem são estes que vemos aqui na terra, a qual ainda nem havia sido criada.  

Buscando as referências corretas, tudo faz outro sentido. Agora já sabemos que o nosso espaço sideral é o abismo de Gênesis 1:2, que as trevas é somente a ausência de energia, da luz propriamente dita e que a terra sem forma e vazia, trata-se das nebulosas, as quais foram criadas como berçário dos corpos celestes.   
Tendo em vista estas coisas prossigamos:

 “e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”

Por volta de 585 a.C. Tales de Mileto, primeiro filósofo a usar o raciocínio puro para explicar as questões do homem e da natureza, mais conhecido pelo teorema que ele formulou, hoje, fundamental para medições geométricas, utilizado desde a construção civil até a astronomia, em uma de suas frases mais popular, teria dito que “o Universo é feito de água”.
O apóstolo Pedro em concordância com este pensamento, registrou:
“Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste.”
Uns inspirados espiritualmente e outros por suas investigações, acabaram nos concedendo os mesmos ingredientes e o mesmo recipiente na explicação da na existência do nosso universo.

É evidente que este MOVER DE DEUS não pode ser detectado pelos cientistas, que enxergam todas estas coisas de forma natural. Mas detalhes à parte, vejamos como isto foi por eles relatado.

O telescópio espacial Spitzer da NASA detectou num sistema planetário em formação uma quantidade de vapor d’água cinco vezes maior que os oceanos da Terra, revelou na quarta-feira (29/08/2007) o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL).
A agência espacial americana explicou em comunicado que os dados constituem a primeira indicação direta da forma como a água, elemento crucial na formação de vida, começa a fazer parte dos planetas, inclusive os rochosos como a Terra.
"Pela primeira vez, estamos vendo como a água surge numa região onde provavelmente se formam planetas", disse Dan Watson, astrônomo da Universidade de Rochester e autor de um estudo sobre o sistema, identificado como NGC 1333-IRAS 4B.
Segundo os astrônomos, o vapor vem de uma nuvem central do sistema e cai sobre um disco de poeira estelar, que seria o material da formação inicial dos planetas. "Na Terra, a água chegou na forma de asteróides e cometas de gelo. A água também existe como gelo nas densas nuvens que formam as estrelas", disse Watson. "Agora vimos que a água, que cai na forma de gelo de um sistema estelar jovem, evapora para depois se congelar novamente e se transformar em asteróides e cometas."
 "Detectamos uma fase muito especial na evolução de uma jovem estrela, na qual o material da vida avança dinamicamente rumo a um ambiente no qual podem se formar planetas", acrescentou Michael Wenero, cientista da missão do Spitzer nos escritórios do JPL, em Pasadena (Califórnia).

Fonte: Folha Online

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