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PANORAMA DO LIVRO DE JEREMIAS



  1. Posicionamento Histórico - Breve Resumo:

  2. A divisão do Reino de Israel.
    No ano de 931 a.C. , tendo morrido o grande sábio o Rei Salomão, filho de Davi, o Reino de Israel se dividiu em 2. A região Norte passou a chamar-se Reino de Israel e  a região Sul passou a chamar-se Reino de Judá.

    O Reino do Norte chamado Reino de Israel assumiu
    Jeroboão filho de Nabat (conforme Biblia de Jerusalém em Rs 15,1) tendo como capital Samaria. O Reino do Norte continha a maioria das tribos de Israel, que eram 10 tribos, e também a maior população.

    Jeroboão para impedir a ida ao Templo em Jerusalém, mandou construir dois Templos, um em Dã, e outro em Betel. Nestes templos estabeleceu o culto aos deuses pagãos para afastar o povo da adoração à Javé. Assim fez como uma medida para evitar que o povo indo adorar em Jerusalém acabasse voltando para Roboão. Com esta medida, Jeroboão levou os filhos de Israel para a apostasia de tal forma que no futuro, custou muito caro para o povo de Deus. 
    O Reino do Sul chamado Reino de Judá ficou com o filho de Salomão, Roboão tendo como capital Jerusalém. No Reino do Sul permaneceram as tribos de Benjamin e Judá. 


  3. O cativeiro na Babilônia

  4. O cativeiro babilônico é uma referência ao tempo em que o povo hebreu do reino de Judá ficou exilado sob o domínio do Império Babilônico.
  5. O exílio dos judeus na Babilônia se deu, principalmente, por sua rebeldia e apostasia frente aos mandamentos de Deus. Os judeus se afastaram e se esqueceram de Deus, ignorando também os profetas que anunciaram o arrependimento.
    O cativeiro consistia na prática de uma nação vitoriosa selecionar entre os habitantes da nação derrotada prisioneiros para servirem como escravos, ou, no caso das mulheres, como esposas e concubinas.
    Geralmente quando uma nação era derrotada, seu território era arrasado e a maioria dos seus cidadãos mortos. Aqueles que sobravam, conviviam com a dor da separação de sua terra natal e com o desespero de não contarem mais com a proteção de seu deus local.
    Na verdade quando uma nação era capturada por outra, as pessoas acreditavam que isso significava que a divindade daquela nação também havia sido derrotada (cf. Is 52:2-5; Jr 50:29). 

  6. Foram os assírios que começaram a utilizar a deportação como a maneira principal de lidar com cidadãos de nações subjugadas. Ao dominarem um determinado reino, eles capturavam seus habitantes e os realocavam em outra parte do império. Tal como os assírios, os babilônicos também usaram a mesma técnica.

  7. Como já falamos, Samaria era a capital do reino do norte, portanto sua queda representava uma derrota total para Israel. Documentos assírios indicam que pelo menos 27.290 israelitas foram deportados para outras cidades, como Hala e as cidades dos medos (cf. Ob 1:20; 2Rs 17:6; 18:11).
    Vale ressaltar que o cativeiro imposto ao povo de Israel era a consequência da idolatria que praticaram ao adorarem deuses pagãos. Esse comportamento atraiu o castigo do Senhor sobre eles (2Rs 17:7-23).

    "
    Então me disse: Vês isto, filho do homem? Há porventura coisa mais leviana para a casa de Judá, do que tais abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. Por isso também eu os tratarei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade; ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei."  Ezequiel 8:17,18

  8. Cerca de 135 anos da queda de Samaria e do exílio imposto aos habitantes do reino do norte, em 586 a.C. foi a vez do reino do sul ser derrotado, e Jerusalém cair sob o domínio de Nabucodonosor II da Babilônia (2Rs 25:1-7).
    Antes disso, alguns pequenos grupos já tinham sido capturados e exilados, mas a grande deportação ocorreu mesmo a partir de 587 a.C. Na verdade houve três invasões significativas de Judá por parte dos babilônicos.
    A primeira ocorreu em 605 a.C., quando Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim (2Rs 24:1-24; 2Cr 36:5-7). Foi nessa invasão que o profeta Daniel e os amigos Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos para a Babilônia.
    A segunda invasão ocorreu em 597 a.C. (2Rs 24:10-14) e a terceira, a maior de todas elas, ocorreu em 586 a.C. É interessante saber que dos últimos cinco reis que Judá teve, três foram levados em cativeiro, sendo: o rei Jeoacaz, para o Egito; o rei Joaquim e o rei Zedequias para a Babilônia.
    Contemporâneo a isso, também precisamos destacar que o profeta Jeremias, e seu escriba Baruque, foram também levados, juntamente com um grupo de judeus, para longe de Judá, na ocasião, para a terra do Egito. É verdade também que Jeremias foi levado contra sua própria vontade.
    O cativeiro babilônico não foi nada fácil para os judeus. Eles foram humilhados, maltratados e insultados, e a lembrança da queda de Jerusalém e da destruição do Templo esmagava-os.
  9. No cativeiro, os judeus choraram com saudade de Jerusalém, choraram pelo Templo destruído, mas não choraram por terem se esquecido da Palavra do Senhor. Eles oraram pedindo vingança, mas não oraram pedindo perdão (Sl 137:5-9).



    Quanto tempo durou o cativeiro babilônico?

    Existe certa discussão entre os estudiosos sobre essa questão. Jeremias profetizou claramente que o exílio babilônico duraria 70 anos (Jr 25:11,12; 29:10-14). Se considerarmos a data da queda de Jerusalém até a permissão de retorno dada por Ciro, então teremos aproximadamente 50 anos.
    Porém, se for considerada a data da primeira invasão do rei Nabucodonosor contra Judá em 605 a.C., a qual Daniel foi levado cativo, até o decreto de Ciro, então o período estimado é muito próximo à 70 anos. Essa foi a interpretação do escritor de Crônicas e do profeta Zacarias (2Cr 36:20-23; Zc 1:12).
    Para quem argumenta que as datas não se encaixam com exatidão, é necessário entender que o número 70 possui um peso simbólico muito grande, ou seja, não se deve interpretá-lo apenas como uma simples cronologia.

    Esse princípio pode ser notado na profecia das 70 semanas de Daniel (Dn 9), onde essa profecia inicial de 70 anos foi estendida sete vezes devido à falta de penitência do povo no exílio.

    Resumo do Livro de Jeremias

  10. 1. Panorama: Jeremias e Lamentações

  11. 2. Informações Básicas ● Data: 627 a 585 a.C. (Jr); 586 a 575 a.C. (Lm) ● Autor: Jeremias ● Local: Jerusalém ● Alvo: Chamar o povo e os reis de Judá ao arrependimento ● Versículo-chave: Jr 1.18; Lm 3.30 ● Palavra-chave: Oposição (Jr); Lamento (Lm)

  12. 3. Informações Básicas: Jeremias ● Conteúdo: oráculos de juízo contra Judá e as nações, junto com oráculos de esperança futura, entremeados de narrativas sobre o papel de Jeremias nos dias finais de Judá. ● Ênfases: a infidelidade de Judá a Deus resultará na sua destruição; em conformidade com as promessas de Deuteronômio, Deus tem um futuro radiante para seu povo – um tempo de restauração e de uma nova aliança; o coração do Senhor por seu povo revelado por meio do coração de Jeremias.

  13. 4. Informações Básicas: Jeremias ● Propósito: O Livro de Jeremias registra as profecias finais sobre Judá, advertindo-lhe sobre a destruição que se aproxima se a nação não se arrepender. Jeremias clama à nação para que se volte a Deus. Ao mesmo tempo, Jeremias reconhece a inevitabilidade da destruição de Judá devido à sua idolatria e imoralidade impenitente.

  14. 5. Informações Básicas: Lamentações ● Propósito: Como resultado da idolatria contínua e sem arrependimento de Judá, Deus permitiu que os babilônios assediassem, saqueassem, queimassem e destruíssem a cidade de Jerusalém. O Templo de Salomão, que tinha existido por cerca de 400 anos, foi totalmente queimado. O profeta Jeremias, uma testemunha ocular desses acontecimentos, escreveu o Livro de Lamentações como um lamento pelo que tinha acontecido a Judá e Jerusalém.

  15. 6. Esboço do Livro de Jeremias ● Jr 1: O chamado de Jeremias ● Jr 2-25: Profecias de juízo contra Jerusalém ● Jr 26-36:Narrativas de esperança para o futuro ● Jr 37-45:Narrativas da queda de Jerusalém ● Jr 46-51:Mensagens contra nações estrangeiras ● Jr 52: Apêndice histórico: Jerusalém derrotada ● Jeremias em uma sentença: O profeta exortou o povo a render- se à disciplina de Deus, fazer a vontade do Senhor e desfrutar do consolo prometido depois da disciplina.

  16. 7. Esboço do Livro de Lamentações ● Lm 1: A situação da cidade de Jerusalém ● Lm 2: A sentença de Deus por causa do pecado ● Lm 3: O sofrimento do profeta e a misericórdia de Deus ● Lm 4: A sujeição forçada do povo ● Lm 5: A súplica pelo povo ● Lamentações em uma sentença: O profeta apresenta, por meio de poemas de lamento, a situação de Jerusalém depois do juízo divino.

  17. 8. Quem Foi Jeremias? ● Sua vida – Ele foi um dos profetas que deu mais informações sobre si. Filho do sacerdote Hilquias, Jeremias foi proibido de se casar a fim de ilustrar o castigo que viria sobre a nação (Jr 16.1-4). Naquela época, em Judá, ter uma família era uma das maiores bênçãos na vida de um homem (Sl 128). Provavelmente, ele tenha morrido exilado no Egito.

  18. 9. Quem Foi Jeremias? ● Origem: Anatote ● Nome: O Senhor estabelece ● Família: Sacerdotal ● Chamado: Aindo jovem ● Ministério: Mais de quatro décadas

  19. 10. Quem Foi Jeremias? ● Seu Ministério – Pregação: Suas mensagens eram diretas, ilustradas por metáforas vivas do cotidiano do povo. O vaso do oleiro é um exemplo (Jr 18). – Oração: Orou pelo povo até o ponto de ouvir do Senhor que não deveria mais fazê-lo (Jr 7.16; 11.14 e 14.11). – Escrita: Escreveu mensagens, uma carta (Jr 29) e um livro de maneto (Lamentações). – Aconselhamento: Aconselhou tanto seu amigo Baruque (Jr 45), como o rei Zedequias (Jr 21.3).

  20. 11. O Maior Livro Profético ● Em número de palavras, é o maior livro profético. Jeremias tem leitura fácil e com aplicações devocionais claras, já que o material ilustrativo apresentado identifica aspectos da vida real. Jesus cita mais Jeremias do que qualquer outro profeta. ● Ao ser chamado por Deus, Jeremias apresenta sua pouca idade como desculpa. Deus responde que o fundamento do ministério a ser desenvolvido seria a soberania do Senhor e a capacitação que só Ele pode dar.

  21. 12. Um Livro Sobre Coragem ● Jeremias foi um profeta corajoso. Não se intimidou nem deixou de entregar a mensagem do Senhor, ainda que ela não agradasse ao povo. Sofreu por ser fiel, e não foi pouco. – Sofreu conspiração (11.18-19) – Foi acusado de ser traidor (26.9) – Ficou preso no átrio da guarda (37.21) – Ficou preso numa cisterna (38.6)

  22. 13. Um Livro Sobre Persistência ● Quanto ao seu amor e à insistência em interceder e guiar o povo, Jeremias se assemelha a Moisés. Moisés Jeremias Chamado Sou pesado de boca e pesado de língua (Êx 4.10) Eu não sei falar (Jr 1.6) Intercessão Por várias ocasiões no deserto, Moisés intercedeu pelo povo (Nm 14.20) Intercedeu diante de Deus pelo povo (Jr 7.16) Deus responde Por causa de você, responderei (Nm 14.20) Pare de orar, não vou responder (Jr 15.1) A nação Moisés guia a nação para dentro da terra Jeremias empurra a nação para fora – a disciplina era inevitável Seguidor fiel Josué Baruque Aliança Ratifica a aliança no Sinai (Dt 4) Ratifica a aliança davídica – Anuncia a nova aliança (Jr 31; 33)

  23. 14. As Edições do Livro ● O profeta pregou durante 23 anos antes de escrever as primeiras páginas. Uma peculiaridade desse livro é que ele passou por duas edições. – 1a. edição: O profeta ditou a Baruque (Jr 36.4) – 2a. edição: Jeremias ditou tudo outra vez a Baruque (Jr 36.32)

  24. 15. As Lamentações de Um Profeta ● Como muitos livros do AT, o livro de Lamentações é anônimo, mas a tradição aponta para Jeremias, que lamentou a respeito da cidade de Jerusalém e que amava seu povo. Cada capítulo do livro de Lamentações tem um assunto principal e descreve uma forma diferente de ver a avaliar a situação. Lamentações é uma poesia composta em acróstico. Quer dizer, cada bloco de versículos começa com uma letra do alfatedo hebraico da primeira até a última, que ajudava na memorização.

  25. 16. Jeremias e o Novo Testamento ● Jeremias e Jesus – Jesus comparado ao profeta Jeremias (Mt 16.13-14). Assemelha-se pela pregação contra a profanação do templo (Jr 7.11; Mt 21.12-13); pelo lamento por Jerusalém (Mt 23.37-39); e pela conspiração para tirar sua vida, quando Jeremias se comparou a um cordeiro a caminho do matadouro (Jr 11.19), mas, diferente de Jesus, não foi condenado (Jr 26.16).

  26. 17. Jeremias e o Novo Testamento ● Referências diretas – Há referências a Jeremias em diversas partes do Novo Testamento. Algumas delas são: – Destruição da Babilônia (Jr 50.32 em Ap 18.8); – Coração incircunciso de Israel (Jr 9.26 em At 7.51); – Obra do oleiro (Jr 18 em Rm 9.20-24). – A profecia de Jeremias acerca da nova aliança (Jr 31.31-34) é citada em Hebreus 8.8-12 como aplicável diretamente à aliança estabelecida por Cristo.

  27. 18. Jeremias e o Novo Testamento ● Prenúncios – Jeremias 23:5-6 apresenta uma profecia da vinda do Messias, Jesus Cristo. O profeta O descreve como um Ramo da casa de Davi (v. 5; Mateus 1), o Rei que iria reinar com sabedoria e justiça (v. 5, Apocalipse 11.15). É Cristo quem vai finalmente ser reconhecido por Israel como seu Messias verdadeiro à medida que Ele oferece salvação aos Seus escolhidos (v. 6, Romanos 11.26).

  28. 19. Aplicação Prática ● Jeremias – O profeta Jeremias tinha uma mensagem muito difícil de entregar. Jeremias amava Judá, mas ele amava a Deus muito mais. Por mais doloroso que tenha sido para Jeremias transmitir uma mensagem consistente de julgamento ao seu próprio povo, Jeremias foi obediente ao que Deus lhe disse para fazer e dizer. Jeremias esperou e orou pela misericórdia de Deus sobre Judá, mas também confiou que Deus era bom, justo e íntegro. Nós também devemos obedecer a Deus, mesmo quando for difícil, reconhecer a vontade de Deus como mais importante do que nossos próprios desejos, e confiar que Deus, em Sua infinita sabedoria e plano perfeito, vai causar o melhor para Seus filhos (Romanos 8.28).

  29. 20. Aplicação Prática ● Lamentações – Mesmo em julgamento terrível, Deus é um Deus de esperança (Lm 3.24-25). Não importa quão longe dEle estejamos, temos a esperança de que podemos voltar-nos a Ele e encontrar Sua compaixão e perdão (1Jo 1.9). Nosso Deus é um Deus de amor (Lm 3.22) e por causa de Seu grande amor e compaixão, Ele enviou Seu Filho para que nós não tivéssemos que perecer em nossos pecados, mas que pudéssemos viver eternamente com Ele (Jo 3.16). A fidelidade (Lm 3.23) e libertação de Deus (Lm 3.26) são atributos que nos dão uma grande esperança e conforto. Ele não é um deus desinteressado e caprichoso, mas um Deus que libertará todos aqueles que se voltam para Ele, admitem que não podem fazer nada para ganhar Seu favor e clamam ao Senhor por Sua misericórdia para que não sejamos consumidos (Lm 3.22).

  30. 21. Conclusão ● O profeta Jeremias realmente se envolveu na transmissão da mensagem ao povo e chorou por ele. E nós? Quanto choramos pelo nosso país? Quanto pregamos as verdades absolutas da Palavra? A pregação de Jeremias foi fundamentada no poder de Deus e de Sua Palavra. Se quisermos pregar a vontade de Deus de maneira apaixonada à nossa nação, precisamos seguir o exemplo desse profeta.

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